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Plantio de Arvores – Distrito 4560

Plantio de Arvores – Distrito 4560

Com a implementação da avenida sobre meio ambiente pelo Rotary Internacional que pretende, através dos esforços e conhecimento dos rotarianos, desenvolvermos projetos junto as comunidades, nas orientações, em ações no intuito de integrá-las com a natureza e assim promovendo a conscientização, a preservação e a conservação ambiental.

Como é comum no nosso meio rotário as parcerias com as instituições públicas e privadas são de suma importância no projeto em desenvolvimento por este distrito 4560 capitaneado pelo Governador José Carlos de Azevedo.

“PRESERVE O PLANETA TERRA”

Ao ser indicado como Governador de Distrito do Rotary Internacional, José Carlos ao elaborar o seu Plano Estratégico pontuando como principal área de enfoque a ser desenvolvida “O APOIO AO MEIO AMBIENTE”.

Dessa forma definiu, no plano estratégico, que durante um período de três anos o plantio de 3.000.000 (três milhões de árvores), e no primeiro ano o plantio de 1.000.000 (um milhão) de árvores plantadas.

O Programa “PRESERVE O PLANETA TERRA” criado para apoiar o meio ambiente, dará aos habitantes de nossa região a conscientização para um planeta ecologicamente correto e sustentável. Com meta ambiciosa, mas factível plantio de 1 milhão de árvores, em ações e interações nas diferentes regiões do distrito com o intuito de recuperar a vegetação nativa e implementar outras espécies que nos permitiram preservar nascentes e brotando vidas.

O plantio de árvores é uma alternativa mais simples (não menos trabalhosa) e benéficas para reverter os impactos ambientais já causados pelo homem na natureza. As árvores reduzem a velocidade dos ventos, poluição sonora e visual, protegem o solo e minimizam os deslizamentos de terra.

Programa poderá ser utilizado nos casos de compensação ambiental feita por meio de restauração ecológica ou recuperação ambiental. Na aprimoração deste, poderá, também, considerar as peculiaridades técnicas da área e seu entorno para definição das medidas de preparo do solo, as espécies a serem plantadas, a técnica de plantio, o período de manutenção e o cronograma de apresentação de relatórios de implantação e de manutenção.

Mas por que precisamos plantar arvores! Para compreender o processo de formação de florestas precisamos envolver alguns conceitos e definições.

A floresta em equilíbrio, seja em estado de clímax, recicla carbono, oxigênio, água e demais nutrientes, não os produzindo nem os retendo. O carbono absorvido pela fotossíntese é reciclado pela decomposição dos detritos orgânicos formados por ramos, folhas e flores que se desprendem. Não fosse essa decomposição, com emissão de gás carbônico, os resíduos se acumulariam ano após ano, formando crescente camada que acabaria por atingir a copa das grandes árvores. Estas, por sua vez, se não perdessem ramos e outras partes alcançariam alturas inimagináveis, crescendo sem parar.

O estado de clímax mantém a altura do dossel (na floresta tropical, a grande maioria da fauna e flora pode ser encontrada na área de folhas, designada como dossel, e não do nível do solo, pode atingir 30 m acima do nível do solo, é feito de camadas sobrepostas de ramos e folhas das arvores da floresta), bem como a espessura da manta orgânica sobre o solo, em dimensões equilibradas e estáveis.

Se as florestas fossem a origem das chuvas, seriam também responsáveis pelas águas que corem para o mar. De ondem viria tanta água? A umidade vem da evaporação oceânica, no Brasil do Atlântico, formando imensa camada sob a qual a superfície da terra desliza pelo movimento da rotação. Esse deslocamento de oeste para leste faz com que a atmosfera quente e úmida simule um movimento de leste para oeste na forma ventos alísios, que trazem as chuvas. Toda a umidade vem do mar e para lá retorna após precipitação seguida de reciclagem por evaporação e reprecipitação.

A evaporação se origina do solo molhado ou inundado e da transpiração das folhas da vegetação original ou introduzida. Não se conhece a proporção que cada origem é responsável e é puramente subjetiva a opinião de que a transpiração foliar seja predominante. Há que considerar que a vegetação subsequente que sucede a floresta, – sejam capoeira, pastagem, culturas comerciais ou reflorestamento também apresenta alta capacidade de transpiração. As áreas de evaporação representadas pelo conjunto do solo e da vegetação molhados e da terra inundada, – que talvez sejam responsáveis pela maior parte da evaporação, – não se alteram após o desmatamento. Ao que tudo indica a reciclagem da chuva pouco muda se a terra está ou não recoberta de mata. Haja visto o regime pluvial do sul do país, onde a floresta cedeu lugar à produção agrícola em grande escala.

A atual fase de elevação da temperatura média aferida nos dois hemisférios é atribuída ao aumento da concentração de certos componentes da atmosfera. Dentre eles destacam-se o gás carbônico e o metano.

No primeiro caso, explicam os especialistas, que estamos liberando as quantidades substanciais de carbono retirado da atmosfera milhões de anos atrás e transformando em petróleo, gás natural e carvão mineral. A combustão desses produtos nas mais variadas formas resulta em gás carbônico – CO2 – cuja concentração é crescente na massa gasosa que envolve nosso planeta, em que pese representar ela uma espessura modesta em termos das dimensões terrestres, seja cerca de 1/10 de seu raio.

A floresta em estado de clímax, como citado acima, em nada contribui para esse efeito. Todavia derrubada e queimada, retorna à atmosfera todo o carbono dela retirados, milhares, – não milhões, – anos atrás. Embora esteja mal definido o volume de CO2 desprendido por unidade de área de floresta derrubada e queimada, é certo que, a nível mundial, se tratam de valores muitas vezes inferiores às emissões decorrentes da queima do carvão e derivados de petróleo, incluindo-se no último caso a combustão dos motores geral.

As emissões das queimadas são ainda atenuadas pela reabsorção de boa quantidade do C (carbono) pelas plantas em crescimento que sucedem a mata abatida, sejam capoeiras, pastagens ou plantações comerciais. Todo o tecido vegetal novo contém carbono sequestrado da atmosfera pouco tempo antes através da fotossíntese. Cumpre lembrar também que a fumaça de produtos vegetais contém aerossóis que refletem a luz solar minimizando o aquecimento causado.

No segundo caso, a presença do gás metano na atmosfera afeta a temperatura e o sistema climático da Terra, ele é o principal componente do gás natural, por isso é um dos gases causadores do efeito estufa. O metano e outros gases podem ser produzidos quando o esterco animal é manuseado em condições anaeróbicas (sem oxigênio). As principais fontes de metano são: emanação através de vulcões de lama e falhas geológicas; decomposição de resíduos orgânicos; outras fontes como pântanos.

O metano tem um efeito estufa muitas vezes superior ao gás carbônico. Sua origem é a fermentação ou decomposição de detritos orgânicos, – vegetais ou animais, na ausência de oxigênio. Os animais de sangue quente emitem metano em suas funções digestivas internas carentes de oxigênio. Os ruminantes além do metano intestinal, produzem esse gás na fermentação anaeróbica que ocorre no rúmen, liberando-o pelo esôfago. A principal fonte de metano é a decomposição de detritos vegetais nos manguezais , nas lavouras inundadas e nos períodos em que o solo fica coberto de água pelas enchentes. No caso da Amazônia, imensas áreas com abundante serapilheira permanecem inundadas anualmente por longos períodos. Certamente os manguezais e a serapilheira submersa são fontes de metano incomparavelmente maiores que as funções digestivas animais, embora ainda mal quantificadas e certamente de difícil controle.

Nossas florestas tropicais e equatoriais são originalmente muito diversificadas quanto às espécies vegetais que apresentam. Trata-se de uma grande desvantagem sob o ponto de vista de seu valor econômico, pois a falta de uniformidade dificulta seu aproveitamento industrial, para celulose, por exemplo. Os bosques naturais de pinus de algumas regiões subtropicais têm muito maior valor por serem padronizados, além de se renovarem naturalmente.

Os botânicos admitem a hipótese da existência de espécies vegetais com valor terapêutico ainda não revelado e de material genético que poderá vir a ser útil quando a ciência da vida se desenvolver e a transposição de genes se tornar uma prática rotineira. Em se tratando de hipóteses, tudo é possível, justificando-se a preservação de reservas florestais botânicas em cada bioma, com áreas razoáveis, de tamanho e localização que permitam sua preservação intocada, com proteção da fauna existente.

Quando o mundo se aproximar de 10 bilhões de habitantes, previstos para a segunda metade do século 21, talvez não tenhamos opção, seja por interesse nacional seja por pressões internacionais, pois, a demanda por alimentos e possivelmente por combustíveis renováveis, vira certamente originar fatores de sobrevivência aos níveis de vida desejados. Há que se lembrar que os países ditos desenvolvidos, substituíram suas florestas pela agropecuária e por áreas urbanizadas, não tendo mais onde se expandir.

O que está em jogo, – com maior intensidade no futuro -, é a captação sustentável da energia solar para promover o processo de fotossíntese capaz de assegurar a estabilidade da humanidade que depende da produção de alimentos, fibras e energia. Até nossos dias, não se consegue fotossíntese à sombra das copas arbóreas.

Nossas ações e objetivos, neste programa, que está transcorrendo e serão realizados, o plantio de árvores, através de mudas, em áreas públicas e privadas focando na recuperação florestal de matas nativas, plantadas, além de áreas degradadas, matas ciliares, áreas de nascentes para a manutenção e qualidade da água dentre outras formas que possam surgir.

José P Romero Filho
Eng. Agrônomo e Rotariano

Fontes:
Mitos da Floresta Amazônica – Fernando P Cardoso, Fundação Agrisus;
Leonel, Padre João – Tesouro Descoberto no Máximo Rio Amazonas, 1776.
Lomborg, B – O Ambientalista Cético, 2005

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